F.A.Q.

Caro aluno, Reunimos abaixo uma seleção de perguntas e respostas para as principais dúvidas sobre os concursos para Residência Médica.

Mas atenção: As respostas formuladas neste F.A.Q representam a política praticada pela maior parte dos serviços e concursos para Residência Médica. Recomendamos firmemente que você, antes de se inscrever para um determinado processo seletivo, leia atentamente todos os termos do edital.

Sobre a residência médica

O valor da bolsa é R$ 2.976,26 (dois mil, novecentos e setenta e seis reais e vinte e seis centavos)

A carga horária é de, no máximo, 2880 horas anuais respeitando o máximo de 60 (sessenta) horas semanais, aí incluídas 24 (vinte e quatro) horas de plantões.

Os programas de Residência Médica terão início no primeiro dia útil do mês de março de cada ano. Em caso de desistência de médico ingressante em primeiro ano ou em ano opcional de Programa de Residência Médica, a vaga será preenchida até 30 (trinta) dias após a data de início dos Programas, sempre que houver candidato aprovado além do limite de vagas previstas em edital, no mesmo processo seletivo e para o mesmo Programa.

A residência médica é uma modalidade de ensino de pós-graduação destinada a médicos, sob a forma de curso de especialização. Funciona em instituições de saúde, sob a orientação de profissionais médicos de elevada qualificação ética e profissional, sendo considerada o “padrão ouro” da especialização médica. O Programa de Residência Médica, cumprido integralmente dentro de uma determinada especialidade, confere ao médico residente o título de especialista. A expressão “residência médica” só pode ser empregada para programas que sejam credenciados pela Comissão Nacional de Residência Médica. Segundo o Ministério da Educação, “os cursos de especialização em nível pós-graduação lato sensu são voltados às expectativas de aprimoramento acadêmico e profissional e com caráter de educação continuada. Oferecidos exclusivamente a portadores de diploma de curso superior, têm usualmente um objetivo técnico-profissional específico, não abrangendo o campo total do saber em que se insere a especialidade”. Seriam, portanto, diferentes de uma Residência Médica. Sua carga horária mínima é de 360 horas (não se diz qual é a carga horária máxima), não computando o tempo de estudo individual ou em grupo sem assistência docente, nem o tempo destinado à elaboração de monografia ou trabalho de conclusão de curso. Dependendo do objeto de estudo descrito no projeto pedagógico, o curso de especialização poderá ter carga horária bem maior do que 360 horas. Os PRM têm duração máxima de 2.880 horas anuais.

Credenciamento provisório
O Programa recebe o credenciamento, mas ficará em observação para o cumprimento de exigências. Após o prazo de dois anos, é realizada uma inspeção e, se cumpridas todas as pendências, o Programa recebe o título de Credenciado (válido por 5 anos), se tudo estiver adequado, ou “Credenciado com exigência”, se ainda existirem pendências.

Credenciado
Quando todas as normas exigidas pelo CNRM estão regularizadas, o Programa para a Residência Médica de determinada especialidade é credenciado, sendo válido por 5 anos. Os Programas de Residência serão avaliados, no máximo, a cada 5 anos, com vistas à renovação de seus credenciamentos. Estas avaliações qüinqüenais contemplarão a análise das dimensões de infra-estrutura, projeto pedagógico, corpo docente, corpo discente e contribuição ao desenvolvimento do sistema local de saúde

Credenciamento com exigência
Esta situação ocorre quando um Programa de Residência recebe o credenciamento por 5 anos, mas ainda existem pendências, que serão posteriormente reavaliadas, visando a seu total cumprimento, de acordo com as Leis e normas da CNRM.

Recredenciamento
O recredenciamento é obrigatório, a cada 5 anos, para as Residências credenciadas, assim como para as que se encontram descredenciadas. Como descrito na introdução acima, é necessário conseguir um índice de desempenho maior que 50% para o recredenciamento por 5 (cinco) anos

Recredenciamento com exigência
São Programas de Residência que conseguiram seu recredenciamento, mas ainda apresentam pendências que devem ser cumpridas dentro do prazo para a nova visita agendada pela CNRM.

Diligência
Com um índice de desempenho entre 25% e 50%, o programa será submetido à diligência e deverá ser reavaliado em até 2 anos. A determinação de diligência em Programa de Residência Médica implicará na impossibilidade de realização do processo de seleção pública para médicos residentes até que a diligência seja cumprida. No Dicionário Houaiss, o significado de diligência é averiguação ou investigação.

Descredenciado
Corresponde à perda do Credenciamento devido a um índice de desempenho menor que 25%.

 

Inscrição

Sim. O registro no CRM (Conselho Regional de Medicina) é pré-requisito para a inscrição nos concursos. Isso ocorre, pois o médico, mesmo depois de formado, só pode exercer a Medicina se tiver o registro profissional – Lembre que a Residência Médica nada mais é que o exercício da medicina sob supervisão.

De acordo com o CFM (Conselho Federal de Medicina), o médico deverá manter um registro no CRM de cada Estado onde exerça a Medicina. Caso um médico inscrito no Conselho de um Estado deseje exercer a medicina em outro, deverá pedir a transferência deste ou mesmo requerer uma Inscrição Secundária. Esta última modalidade de inscrição permite ao médico exercer a profissão simultaneamente em mais de um Estado.

Sim, mas para isso terá que comprovar a impossibilidade de arcar com a taxa de inscrição. As Instituições, através dos seus editais, costumam listar as exigências e procedimentos que devem ser seguidos pelos que desejam pedir a isenção desta taxa.

Não. As instituições costumam deixar bem claro em seus editais que não fazem devolução do valor pago pela inscrição nos casos de desistência.

Não. Conforme resolução n° 02/2005 - Art. 56° da CNRM é vedado ao médico residente repetir programa de Residência Médica, em Especialidade que já tenha anteriormente concluído, em Instituição do mesmo ou de qualquer outro Estado da Federação.

Cada concurso tem a prerrogativa de decidir qual será o meio de comunicação com seus candidatos. A maioria se utiliza do próprio site da instituição para que o aluno acompanhe sua situação no concurso. Em geral é disponibilizado um cartão de confirmação de inscrição (CCI), que precisa ser impresso e levado no dia da prova.

Não, a não ser que você esteja participando de um processo seletivo unificado com várias instituições. Neste caso, normalmente você tem a opção de escolher especialidades diferentes em cada instituição, desde que a prova seja a mesma. Por exemplo: Você pode se inscrever para Clínica Médica na instituição “X”, e para Pediatria na instituição “Y”, pois você fará uma única prova para concorrer a ambas as vagas. Por outro lado, você não poderia se inscrever para Clínica Médica na instituição “X” e para Cardiologia na instituição “Y, pois são provas diferentes (uma para acesso direto e outra com pré-requisito), comumente agendadas para o mesmo dia/hora.

Os concursos Unificados surgem quando determinadas Instituições deixam de realizar seus próprios processos seletivos e contratam, em conjunto, uma entidade independente para formular e aplicar esta prova. Ou seja, um único processo seletivo passa a servir para mais de uma Instituição.

Em alguns casos, entretanto, esta ‘união’ ocorre apenas para a parte inicial do concurso (fase objetiva e/ou discursiva), de forma a que cada Instituição tenha resguardado o direito e a responsabilidade de realizar suas próprias provas práticas e entrevistas, individualmente, ou então a própria banca/entidade independente cuida de todas as fases do concurso.

Se mais de uma especialidade for pretendida pelo candidato (em Instituições diferentes dentro do Unificado), em geral este precisará pagar uma taxa de inscrição para cada vaga desejada. Vale lembrar que, neste caso, o candidato tem a opção de escolher especialidades diferentes em cada instituição, desde que a prova seja a mesma.

 

Vagas

Os concursos não costumam permitir a troca de especialidade. Se por acaso no momento da inscrição você tiver cometido algum erro na hora de selecionar a especialidade de seu interesse, especialmente se o prazo para as inscrições ainda não tiver se encerrado, vale a pena entrar em contato com a organização do concurso e tentar reverter a situação.

Todos os (as) Médicos (as) que se alistam para o serviço militar, antes de se matricularem para o preenchimento de uma vaga na Residência Médica, poderão requerer a reserva de sua vaga em apenas 1 programa de Residência no território Nacional e pelo período máximo de 1 ano.

 

Provas

A única fase obrigatória nos concursos para Residência Médica é a prova objetiva, que a comissão Nacional de Residência denomina de “exame escrito, objetivo”. As demais fases: Prova prática, Análise/Arguição curricular, prova de multimídia são opcionais. A regra para o peso mínimo que cada fase pode ter é a seguinte:

Prova objetiva: 50%
Prova prática: 40% a 50%
Análise e arguição curricular: 10%

Indicar a bibliografia é uma prerrogativa do concurso. Observe o edital. Se o concurso não sugerir qualquer bibliografia, pelo menos em tese, a banca estará obrigada a aceitar recursos fundamentados por qualquer publicação reconhecida da área médica.

Não há uma regra e isto varia por Instituição, mas em geral são 100 questões.

A prova objetiva deve conter questões das 5 grandes áreas da Medicina: Clínica Médica, Obstetrícia e Ginecologia, Cirurgia Geral, Pediatria e Medicina preventiva e social. A proporção é de 20% das questões para cada área.

Leia o edital e verifique qual é a orientação da instituição. Em geral, pedem para levar: Caneta esferográfica (azul ou preta), documento de identidade informado no formulário de inscrição e comprovante da inscrição.
Não costumam ser permitidos, durante a realização das provas, o uso dos seguintes itens: chapéus ou bonés, o porte o utilização, mesmo que desligados, de aparelhos celulares ou similares, pager, máquinas calculadoras ou similares, aparelhos eletrônicos em geral, relógios, livros, anotações, impressos ou de qualquer outro material de consulta.

Primeiramente é importante que você fique atento ao horário da prova. Normalmente a organização do concurso pede que o candidato chegue ao local de prova 1 hora antes do início da prova.
Uma vez estabelecido o horário que você deve chegar ao local da prova, verifique com antecedência aonde será feito o acesso (campus no caso das universidades, blocos, portão de acesso e etc.). Calcule o tempo necessário para chegar até o local.
Se você não mora na cidade aonde fará prova, procure se hospedar em local próximo e tente chegar à cidade nos dias que antecedem a prova. Peça dicas a amigos e a pessoas que moram na cidade, para ver qual é a melhor via de acesso ao local da prova.

Depende do concurso. Existem instituições que não permitem a ingestão de alimentos e bebidas, com exceção de água acondicionada em embalagem plástica transparente sem rótulos e ou etiquetas. Outras Instituições não restringem a ingestão de alimentos durante a prova.

O tempo da prova objetiva dependerá do número de questões. Em geral, são 4 horas para provas com 100 questões.

Em geral, os concursos não fazem a substituição do cartão-resposta, mas se você perceber o erro antes da entrega do cartão, não hesite: chame o fiscal e consulte-o. Veja se há possibilidade de reverter a situação. Frente à inflexibilidade do fiscal, não insista. Não discuta com ele. Isto só fará você perder tempo (precioso nesta situação) e o abalará para o restante da prova.

 

Recursos

Quando há alteração do gabarito oficial por força de provimento de algum recurso, o gabarito é imediatamente alterado e as provas são corrigidas de acordo com este novo cenário. No caso de anulação de uma questão, a pontuação relativa à mesma é atribuída a todos os candidatos, indiscriminadamente.

Apenas aqueles que realizaram a prova podem interpor recursos junto à banca do concurso. O MEDGRUPO apenas analisa as questões e orienta seus alunos na confecção de recursos para as questões mal formuladas ou com gabarito equivocado.

Depende do concurso. Há aqueles que não cobram. Há aqueles que cobram uma taxa única, que permite ao candidato questionar quantas questões que desejar na prova. Incrivelmente, há também concursos que cobram uma taxa por recurso formulado...

Leia o edital. Em geral você tem que preencher um formulário no site do concurso, pagar um boleto referente ao custo da análise da questão e, em seguida, enviar a sua argumentação escrita para a banca responsável. Atualmente, muitos pedidos podem ser enviados através da internet, entretanto, muitos casos, ainda precisam ser entregues pessoalmente na própria Instituição.

Essa é uma barreira constantemente imposta pelos concursos, justamente para dificultar os pedidos de recurso para as questões de sua prova.
Verifique no edital se é permitido que outra pessoa entregue o recurso por você, mediante autorização ou procuração.

Leia o edital e observe o que ele diz a esse respeito. Alguns concursos restringem o direito do candidato de questionar as questões da prova, limitando-o a entrar com recurso para uma única questão. Esta prática é irregular e motivo plausível para ação judicial. Na tentativa de “burlar” essa regra absurda, muitos candidatos acabam se organizando e cada um solicita recurso para uma questão diferente. Desta maneira, o concurso acaba “obrigado” a analisar todas as questões passíveis de recurso.

Alguns concursos pedem cópia do texto da referencia citada. Neste caso, fique atento para utilizar a edição correta do livro indicado pela bibliografia.

A maioria dos concursos estabelece prazos absurdos para a formulação dos recursos. O prazo mais comum é de 48 horas após o término da prova, mas em muitos casos chegam a limitar às 24 horas seguintes.
Alguns pontos importantes são:
(1) O prazo para entrega dos recursos só pode começar a contar a partir da divulgação do gabarito, e não da divulgação do caderno de provas.
(2) A maioria das instituições não libera o caderno de provas aos candidatos, justamente para tentar coibir a formulação dos recursos. Esta também é uma medida passível de ação judicial.

Infelizmente, nestes casos, a banca dos concursos é soberana. Pouquíssimos concursos divulgam a justificativa para o indeferimento dos recursos.
Se você se sentir extremamente prejudicado com a situação, tiver certeza de que a pontuação da questão será importante para você, e tiver embasamento técnico para anular a questão ou mudar o gabarito, procure a organização do concurso e tente uma solução amigável. Se não surtir efeito, procure ajuda jurídica.

É sempre mais difícil nestes casos, pois você terá que lembrar os detalhes da questão: o número, o texto e etc.
Em muitas situações sabemos que o recurso pode ser embasado em pequenos, porém fundamentais detalhes da questão: Valores, palavras de negativa, de exclusão, e etc.

 

Prova Prática

Normalmente o candidato não pode levar bagagem para o local de prova. Algumas instituições sugerem que o candidato mantenha a bagagem na recepção do hotel em que está hospedado.

A maioria dos concursos que faz prova prática solicita que os candidatos compareçam à prova trajando roupa branca sem identificação institucional. Ou seja, se você optar por ir de jaleco, não use modelos com o logotipo da sua faculdade ou hospital.
Com relação aos instrumentos (estetoscópio, oftalmoscópio, etc), certifique-se dessa necessidade no edital do concurso.

 

Currículo

Normalmente, cada instituição divulga um modelo de currículo que deve ser preenchido pelo candidato. Isso tem por objetivo padronizar os formulários para facilitar a avaliação da banca e fazer a contagem dos pontos atribuídos a cada item.

A maioria dos concursos permite o envio do currículo por email ou correio. Se for esse o seu caso, fique atento ao prazo. Procure fazer a postagem com antecedência suficiente para que o documento chegue ao destino antes do prazo limite de recebimento. Além disso, acesse o site do concurso ou entre em contato com o setor que organiza o processo seletivo para confirmar o recebimento.

 

Resultados

Cada concurso estabelece um critério próprio para definir isso.
Normalmente o concurso estabelece que sejam convocados para a etapa seguinte à prova escrita, “X” vezes o número de vagas da especialidade.

Os critérios de desempate mais comuns são: maior número de pontos na primeira fase, maior número de pontos obtidos na segunda fase e o mais idoso, respectivamente.

Faltar as provas, chegar ao local de prova após o fechamento dos portões, não apresentar o documento de identificação exigido no edital, consultar material durante a prova, comunicar-se com outros candidatos, ser descortês com os fiscais e autoridades locais.

A reclassificação da fase final do concurso normalmente funciona da seguinte forma: São convocados primeiramente os candidatos que foram classificados dentro do número de vagas. Uma vez que um ou mais candidatos convocados não realizem a matrícula dentro da data estabelecida no edital, o concurso realiza uma nova chamada, convocando os candidatos que ficaram classificados fora do número de vagas, respeitando a ordem de classificação.
Se por acaso todos os candidatos forem convocados e nenhum deles efetivar a matrícula, o concurso poderá optar por realizar nova prova prática (no caso dos concursos que possuem essa etapa) convocando candidatos que foram classificados na primeira etapa, mas que não estavam dentro do número limite de candidatos que poderiam ter participado da prova prática ou então realizar um novo processo seletivo.

 

A elaboração das perguntas e do texto das respostas desse F.A.Q. foi feita pelo MEDGRUPO. Está terminantemente proibida a reprodução de trechos ou íntegra do conteúdo sem prévia autorização.